Mecanismos Reguladores do Sono
Existem vários mecanismos que conseguem regular o nosso sono, permitindo o bom funcionamento do organismo humano e o sucesso para um bom dia. Existem ainda factores sociais que provocam uma desregulação do nosso relógio biológico.
Quais são?
Circadiários e ultradiários
Existem ritmos biológicos, ou seja, fenómenos que se repetem regularmente e que são produzidos pelo próprio ser humano. De acordo com a sua repetição os ritmos podem ser circadiários (período igual a 24 horas) e ultradiários (período menor que 24 horas).
Os mecanimos circadiários e ultradiários podem ser divididos em Ambientais e Intrínsecos.
- Ambientais
No caso dos mecanimos ambientais destaca-se o maior sincronizador ambiental, a luz solar. Certos relógios biológicos seguem a alternância do dia e da noite.
- Intrínsecos
Estes mecanismos são constituídos pelas várias componentes do sistema sono-vigília tanto neuronais como neuroendócrinos que facilitam e promovem ou o sono ou a vigília.
Quando os mecanismos ambientais são retirados, o nosso organismo consegue manter essa alternância regular, através da produção de hormonas. Dessas hormonas destacam-se a melatonina e o cortisol.
Relógio Biológico
O relógio biológico é um mecanismo interno do ser humano que adapta uma série de funções do nosso organismo aos ciclos do ambiente, como o dia e a noite. É responsável, pela regulação da temperatura corporal, a secreção de hormonas, variações da pressão arterial e principalmente, o ciclo do sono e da vigília, entre outros. É o nosso relógio biológico, portanto, que faz com que a pessoa sinta necessidade de dormir à noite e fique acordada ao longo do dia.
Ao longo da nossa vida existem factores que proporcionam desregulações do relógio biológico e que quando ocorrem com muita frequência poderão trazer elevados riscos para a nossa saúde, originando muitas vezes o dormir de dia para compensar as horas passadas durante a noite, com outras actividades.
Uns dos exemplos que afectam o nosso relógio biológico são as mudanças do fuso horário.
Mudança do Fuso Horário
Quando existe uma mudança do fuso horário há uma alteração do nosso relógio biológico. Apesar do nosso organismo se conseguir adaptar a estas mudanças esse processo é lento, podendo mesmo demorar cerca de uma semana até o organismo se conseguir adaptar ao novo horário.
O relógio biológico é um mecanismo fundamental para a manutenção do bom funcionamento do organismo, por isso existem várias consequências, que estes processos de adaptação a um novo horário trazem para a saúde e bem-estar.
Actualmente, cada vez mais pessoas se deparam com mudanças do fuso horário, várias vezes por ano devido, na maioria dos casos a viagens de trabalho. Essas pessoas normalmente apresentam sintomas como os seguintes:
- Sonolência diurna;
- Irritabilidade;
- Desmaios;
- Falta de concentração.
Quando isto acontece com muita frequência, podem surgir várias doenças como, depressão nervosa, hipertensão e distúrbios do sono como é o caso das insónias.
Dormir de dia
Razões para dormir de dia
Existem vários casos de pessoas que dormem durante o dia e são várias as razões que explicam esta inversão de horários.
Muitos estudantes universitários optam por inverter a ordem normal do sono para conseguirem fazer todos os seus trabalhos. Dormem durante o dia, vão às aulas ao fim da tarde e à noite trabalham, porque de madrugada o ambiente é mais silencioso, facilitando a concentração. Além disso, a Internet fica mais rápida.
Já outras pessoas não podem escolher. Indivíduos que trabalham por turnos, como os taxistas, são obrigados a adaptar-se a esta rotina para manter o emprego. No entanto esta adaptação nem sempre acontece. Apenas cerca de dois terços das pessoas se conseguem adaptar à inversão de horários.
Riscos e desvantagens
Não existe nenhuma comprovação científica de que trocar o dia pela noite gera doenças ou prejudica directamente a saúde. No entanto, o nosso corpo está “sincronizado” com a luz do sol e está adaptado a dormir quando anoitece; o que faz com que surjam logo alguns problemas a quem segue este regime.
Indivíduos mais jovens têm uma capacidade maior de suportar esta situação, mas os prejuízos para o organismo existem, mesmo quando não são detectados imediatamente.
Principais prejuízos para o organismo:
• O sono não é reparador: o nosso organismo prepara-se para o repouso. Não dormir nas alturas em que o corpo está preparado para descansar faz com que o sono não seja tão profundo noutras alturas, atingindo-se dificilmente os estádios mais recuperadores. Isto provoca cansaço, mudanças de humor e diminuição da qualidade de vida.
• Stress, aumento da pressão arterial e problemas no sistema imunológico: o cortisol é uma hormona que responde ao stress aumentando a pressão arterial. Durante a noite esta acção é inibida. Quando o indivíduo não dorme durante a noite essa inibição não ocorre resultando em ansiedade, pressão arterial alta e nervosismo. Tudo isto prejudica o sistema imunitário.
• Obesidade: a leptina é uma hormona libertada durante a noite que dá a sensação de saciedade para que a pessoa não sinta fome enquanto dorme. Não dormir faz com que a produção desta hormona se iniba, resultando em fome nocturna. A grelina, é a hormona com efeito oposto ao da leptina; é libertada durante o dia para dar a sensação de fome. Ela continua a ser secretada mesmo enquanto a pessoa dorme de dia, fazendo com que acorde com fome.
• Problemas de crescimento: A hormona de crescimento é secretada durante o sono nocturno. A falta deste pode trazer problemas na secreção desta hormona, que é necessária a todos os indivíduos (esta hormona regenera tecidos, regula a glicemia e mantém o rigor dos músculos nos adultos).
Conselhos úteis
Para que se tenha uma boa qualidade de sono mesmo dormindo durante o dia, existem algumas medidas que devem ser tomadas:
Quais são?
Circadiários e ultradiários
Existem ritmos biológicos, ou seja, fenómenos que se repetem regularmente e que são produzidos pelo próprio ser humano. De acordo com a sua repetição os ritmos podem ser circadiários (período igual a 24 horas) e ultradiários (período menor que 24 horas).
Os mecanimos circadiários e ultradiários podem ser divididos em Ambientais e Intrínsecos.
- Ambientais
No caso dos mecanimos ambientais destaca-se o maior sincronizador ambiental, a luz solar. Certos relógios biológicos seguem a alternância do dia e da noite.
- Intrínsecos
Estes mecanismos são constituídos pelas várias componentes do sistema sono-vigília tanto neuronais como neuroendócrinos que facilitam e promovem ou o sono ou a vigília.
Quando os mecanismos ambientais são retirados, o nosso organismo consegue manter essa alternância regular, através da produção de hormonas. Dessas hormonas destacam-se a melatonina e o cortisol.
Relógio Biológico
O relógio biológico é um mecanismo interno do ser humano que adapta uma série de funções do nosso organismo aos ciclos do ambiente, como o dia e a noite. É responsável, pela regulação da temperatura corporal, a secreção de hormonas, variações da pressão arterial e principalmente, o ciclo do sono e da vigília, entre outros. É o nosso relógio biológico, portanto, que faz com que a pessoa sinta necessidade de dormir à noite e fique acordada ao longo do dia.
Ao longo da nossa vida existem factores que proporcionam desregulações do relógio biológico e que quando ocorrem com muita frequência poderão trazer elevados riscos para a nossa saúde, originando muitas vezes o dormir de dia para compensar as horas passadas durante a noite, com outras actividades.
Uns dos exemplos que afectam o nosso relógio biológico são as mudanças do fuso horário.
Mudança do Fuso Horário
Quando existe uma mudança do fuso horário há uma alteração do nosso relógio biológico. Apesar do nosso organismo se conseguir adaptar a estas mudanças esse processo é lento, podendo mesmo demorar cerca de uma semana até o organismo se conseguir adaptar ao novo horário.
O relógio biológico é um mecanismo fundamental para a manutenção do bom funcionamento do organismo, por isso existem várias consequências, que estes processos de adaptação a um novo horário trazem para a saúde e bem-estar.
Actualmente, cada vez mais pessoas se deparam com mudanças do fuso horário, várias vezes por ano devido, na maioria dos casos a viagens de trabalho. Essas pessoas normalmente apresentam sintomas como os seguintes:
- Sonolência diurna;
- Irritabilidade;
- Desmaios;
- Falta de concentração.
Quando isto acontece com muita frequência, podem surgir várias doenças como, depressão nervosa, hipertensão e distúrbios do sono como é o caso das insónias.
Dormir de dia
Razões para dormir de dia
Existem vários casos de pessoas que dormem durante o dia e são várias as razões que explicam esta inversão de horários.
Muitos estudantes universitários optam por inverter a ordem normal do sono para conseguirem fazer todos os seus trabalhos. Dormem durante o dia, vão às aulas ao fim da tarde e à noite trabalham, porque de madrugada o ambiente é mais silencioso, facilitando a concentração. Além disso, a Internet fica mais rápida.
Já outras pessoas não podem escolher. Indivíduos que trabalham por turnos, como os taxistas, são obrigados a adaptar-se a esta rotina para manter o emprego. No entanto esta adaptação nem sempre acontece. Apenas cerca de dois terços das pessoas se conseguem adaptar à inversão de horários.
Riscos e desvantagens
Não existe nenhuma comprovação científica de que trocar o dia pela noite gera doenças ou prejudica directamente a saúde. No entanto, o nosso corpo está “sincronizado” com a luz do sol e está adaptado a dormir quando anoitece; o que faz com que surjam logo alguns problemas a quem segue este regime.
Indivíduos mais jovens têm uma capacidade maior de suportar esta situação, mas os prejuízos para o organismo existem, mesmo quando não são detectados imediatamente.
Principais prejuízos para o organismo:
• O sono não é reparador: o nosso organismo prepara-se para o repouso. Não dormir nas alturas em que o corpo está preparado para descansar faz com que o sono não seja tão profundo noutras alturas, atingindo-se dificilmente os estádios mais recuperadores. Isto provoca cansaço, mudanças de humor e diminuição da qualidade de vida.
• Stress, aumento da pressão arterial e problemas no sistema imunológico: o cortisol é uma hormona que responde ao stress aumentando a pressão arterial. Durante a noite esta acção é inibida. Quando o indivíduo não dorme durante a noite essa inibição não ocorre resultando em ansiedade, pressão arterial alta e nervosismo. Tudo isto prejudica o sistema imunitário.
• Obesidade: a leptina é uma hormona libertada durante a noite que dá a sensação de saciedade para que a pessoa não sinta fome enquanto dorme. Não dormir faz com que a produção desta hormona se iniba, resultando em fome nocturna. A grelina, é a hormona com efeito oposto ao da leptina; é libertada durante o dia para dar a sensação de fome. Ela continua a ser secretada mesmo enquanto a pessoa dorme de dia, fazendo com que acorde com fome.
• Problemas de crescimento: A hormona de crescimento é secretada durante o sono nocturno. A falta deste pode trazer problemas na secreção desta hormona, que é necessária a todos os indivíduos (esta hormona regenera tecidos, regula a glicemia e mantém o rigor dos músculos nos adultos).
Conselhos úteis
Para que se tenha uma boa qualidade de sono mesmo dormindo durante o dia, existem algumas medidas que devem ser tomadas:
- Manter um horário constante para dormir e se alimentar;
- Simular o que aconteceria à noite;
- Ter uma alimentação leve nas horas antes de dormir.